sexta-feira, 14 de maio de 2010

Estudo para 17 de Maio de 2010 (vencimento de opções)

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa, acompanhando mau humor global nos mercados acionários nesta sexta-feira. O Ibovespa – principal índice da bolsa local – caiu 2,11%, para 63.421 pontos. Na semana, houve ligeira recuperação em relação à turbulenta semana passada, com alta de 0,86%. Maio ainda tem queda de 6%. Os sinais negativos em todas as bolsas do mundo refletem o agravamento do nervosismo na Europa, com temores de uma recessão, o que conduziu o euro para uma nova mínima em 18 meses.

Nos Estados Unidos, Nasdaq caiu 1,98%, Dow Jones -1,51% e S&P 500 -1,88%.

As bolsas de valores europeias encerraram o dia em queda generalizada em meio a temores de que as medidas de austeridade fiscal adotadas por alguns países da zona do euro (grupo dos 16 países que adotam a moeda única) e pelo Reino Unido tirem dos trilhos a recuperação econômica que vinha se iniciando. Grécia, Portugal, Irlanda e Espanha comprometeram-se com a adoção de medidas para reduzir o endividamento, mas a primeira leitura negativa da história do núcleo da inflação espanhola (-0,1%) alimentou temores de que tais medidas poderiam não ser suficientes para impedir a estagnação do crescimento e a deflação.

Os bancos expostos à economia espanhola sofreram duras perdas. As ações do Santander caíram 9,8%, as do BBVA recuaram 8,4%, levando o índice Ibex-35 a cair quase 7%. Bancos franceses, que estão entre os maiores detentores de dívidas de países da periferia da zona do euro, também sofreram perdas acentuadas. Os papéis do Société Générale caíram 8,6%.

"Persiste uma verdadeira preocupação de que, com o pacote de ajuda europeu anunciado no início da semana, as perspectivas de crescimento para a Europa caiam num buraco negro, com os governos do continente cortando gastos e elevando impostos para recolocar sob controle seus enormes déficits", avaliou Michael Hewson, analista da CMC Markets.

Enquanto isso, a procuradoria-geral de Nova York está investigando a participação de instituições financeiras e de agência de classificação de risco de crédito em negócios de ativos atrelados a hipotecas. Bancos europeus que estariam sendo investigados no caso sofreram fortes perdas, como o Credit Agricole (-6,4%), o Deutsche Bank (-4,1%), o Credit Suisse (-4%) e o UBS (-3,7%).

Todos os mais importantes índices de ações europeus fecharam em queda acentuada hoje. Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 4,59%, fechando em 3.560,36 pontos; em Londres, o FTSE-100 caiu 3,14%, encerrando o pregão em 5.262,85 pontos; o índice Dax, da bolsa de Frankfurt perdeu 3,12%, terminando a sessão em 6.056,71 pontos. Por sua vez, o índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 3,41%, fechando o dia em 248,46 pontos.

Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 6,64%, encerrando a sessão em 9.314,70 pontos. Foi o maior declínio em termos porcentuais desde outubro de 2008 e o 11º maior da história do Ibex-35. Na bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 caiu 4,27%, terminando o pregão em 7011,62 pontos; já o índice composto ASE, da bolsa de Atenas, fechou em queda de 3,41%, em 1.658,29 pontos.

Embora o rumo principal da Bovespa continue sendo ditado pelo exterior, o vencimento de opções sobre ações já começa a interferir nos preços. Hoje, o mercado tem ainda outro fator importante: o balanço do primeiro trimestre da Petrobras. Mas a reação dos investidores ao resultado da estatal vai ficar para segunda-feira, pois o resultado será divulgado após o encerramento do pregão hoje. A média das estimativas de analistas consultados pela Agência Estado é de que a estatal reporte um lucro trimestral de R$ 6,794 bilhões, com expansão de 16,81% em relação ao apurado nos três primeiros meses do ano passado.

Ásia

As bolsas da Ásia registraram queda nesta sexta-feira, com a preocupação sobre as medidas de austeridade que estão sendo adotadas por países endividados da Europa, como Espanha, Grécia e Portugal. A avaliação de parte do mercado é que o corte nos gastos dos governos pode frear a recuperação global da economia.

Para agravar a tensão entre investidores, nos Estados Unidos, um relatório do Departamento de Trabalho mostrou que o número de trabalhadores que requisitaram auxílio-desemprego teve apenas uma leve queda na semana passada. O resultado esfriou as expectativas de melhora vigorosa no nível de desemprego. Além disso, na China, o premiê Wen Jiabao disse, na quinta-feira, que as complicações da crise financeira global, com uma crise de dívida soberana crescente em alguns países, não devem ser subestimadas.

Ele afirmou também que a economia mundial está se recuperando lentamente, mas seus fundamentos não são sólidos. Pesou sobre os negócios na Ásia o balanço da Sony. A companhia japonesa teve perda de 6,7% depois de divulgar uma previsão de lucro operacional abaixo da expectativa de alguns agentes, por conta de um provável impacto da crise europeia.

Ao fim da sessão, o Shanghai Composite, de Xangai, caiu 0,51%, aos 2.696 pontos. Por sua vez, o Hang Seng, de Hong Kong, tinha retração de 1,36%, somando 20.145 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei 225 declinou 1,49%, para 10.462 pontos. Por sua vez, o Kospi, de Seul, encerrou a sessão próximo da estabilidade, com ligeira alta de 0,06%, aos 1.695 pontos.

Resultados do primeiro trimestre
Entre os diversos resultados divulgados na semana, a BM&F Bovespa, Duratex, Brasil Ecodiesel, Br Foods, Banco do Brasil, ALL, Lojas Americanas e Rossi foram bem recebidos pelo mercado.

Já os números de B2W, Telesp, Usiminas, Braskem, Cyrela, Pão de Açúcar, MMX, Agre e JBS trouxeram alguns pontos que não agradaram o mercado.

Petróleo
Os contratos futuros de petróleo voltaram a fechar em queda nesta sexta-feira (14), atingindo o mais baixo patamar de negociação dos últimos três meses em Nova York. O temor de que a crise fiscal europeia prejudique a demanda global por óleo bruto continua a guiar os mercados.

O contrato de petróleo mais líquido em Nova York, com vencimento em junho, registrou queda de 3,80%, encerrando a sessão a US$ 71,61. Já em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou o dia a US$ 80,20, caindo 3,76%

Agenda
Na China, a inflação registrou em abril sua maior alta dos últimos 18 meses, deflagrando maiores temores de um aperto monetário.

Segundo a agência Eurostat, o PIB (Produto Interno Bruto) da Zona do Euro no primeiro trimestre de 2010 cresceu 0,2% na passagem trimestral, superando as estimativas dos analistas. A taxa de desemprego na Grécia teve nova alta em fevereiro, chegando a 12,1%, frente a 11,3% registrado um mês antes e 9,1% em fevereiro de 2009, segundo a agência de estatísticas do país.

Nos EUA, o nível dos estoques do setor atacadista registrou em março um avanço de 0,4%, menor que o esperado pelos analistas e que o resultado de fevereiro. Da mesma forma, a confiança do consumidor, o déficit da balança comercial (- US$ 40,4 bilhões ) e o orçamento do tesouro ( - US$ 82,689 bilhões ) vieram pior que o esperado em maio, março e abril, respectivamente.

Os preços de produtos exportados fora do setor agrícola mostraram alta de 1,4%, enquanto os preços de importados (excluindo os preços do petróleo) registraram avanço de 0,5%.

A produção industrial de abril avançou 0,8%, em linha com as projeções, enquanto a capacidade industrial utilizada atingiu 73,7%, um pouco inferior às expectativas de mercado, de 73,9%. Já as vendas ao varejo vieram acima do esperado no mesmo mês, com alta de 0,4%.

Por aqui, tanto os indicadores de inflação divulgados mostraram aceleração. Destaque para o IGP-10 (Índice Geral de Preços) referente ao período de trinta dias até 10 de maio, que apontou alta de 1,11%, bem acima da medição de abril (0,63%)

De acordo com o semanal relatório Focus, o mercado elevou pela décima sexta vez consecutiva suas projeções para a variação dos preços em 2010, prevendo alta de 5,50% no IPCA, tido como a medida oficial de inflação do País.

A taxa de emprego na indústria brasileira aumentou 2,4% em março, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Câmbio e Renda Fixa
A moeda norte-americana fechou cotada na venda a R$ 1,804, acumulando perdas de 2,54% nesta semana.

No mercado de renda fixa, os juros futuros encerraram majoritariamente em queda. O contrato com vencimento em janeiro de 2011, que apresenta maior liquidez, encerrou apontando taxa de 11,07%, alta de 0,04 pontos percentuais em relação à semana anterior.

No mercado de títulos da dívida externa brasileira, o Global 40, bônus mais líquido, encerrou cotado a 133,55% de seu valor de face, queda de 1,25% na semana. O risco-País era cotado a 212 pontos-base, queda de 27 pontos na variação semanal.

Confira os destaques da agenda da próxima semana
Dentro da agenda para a terceira semana de maio, destaque para dados da inflação e para a ata do Fed, referente à última reunião de política monetéria nos EUA.

(com informações do Portal IG e Infomoney)

Gráfico


Segunda-feira é dia de vencimento de opções, sempre comentamos que os ativos apresentam comportamento errático próximo a este evento. Optamos postarmos um estudo macro do IBOV.



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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Estudo para 14 de Maio de 2010

Os investidores ainda seguem cautelosos diante da perspectiva de que outros países, além da Grécia, também estejam com problemas de solvência e que, talvez, os € 750 bilhões do plano da União Europeia (UE) para salvar o euro não sejam suficientes. E, mais uma vez, o resultado disto foi um movimento apático nas bolsas de valores mundiais.

Após a Espanha anunciar medidas de corte de custo para reduzir seu déficit, hoje foi a vez de Portugal aprovar um novo plano de medidas anticrise que inclui uma redução generalizada do gasto público, o corte de 5% nos salários dos altos cargos e dos políticos e um aumento dos impostos e do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), que passa de 20% para 21%.

Ao fim do conselho de ministros que aprovou estas medidas, o primeiro-ministro luso, o socialista José Sócrates, afirmou que o estipulado é necessário "para defender Portugal e a moeda única" Previamente, Sócrates havia se reunido com o líder da oposição, o conservador Pedro Passos Coelho, para discutir o novo pacote anticrise, segundo lembrou o primeiro- ministro, em um esforço da UE para aumentar a credibilidade europeia. O plano de austeridade tem como objetivo reduzir neste ano o déficit fiscal, agora em 9,4%, em um ponto além do previsto, 7,3%.

Ontem, o Governo espanhol comunicou o corte de 5% nos salários dos funcionários a partir de junho, além da suspensão automática no aumento das pensões, uma queda na ajuda externa e uma redução do investimento público.

Além disso, a agenda fraca de indicadores nesta quinta-feira também contribui para que os negócios operassem de lado. Na Europa hoje saiu o Índice de Confiança do Consumidor no Reino que subiu um ponto para 74 em abril. Apesar da alta, as expectativas dos britânicos com o futuro caíram pelo segundo mês consecutivo, de 106 para 104 pontos, diante das incertezas com o novo governo do primeiro ministro David Cameron. Por lá o mercado acionário fechou em direções opostas.

Ainda em solo britânico, a balança comercial registrou déficit de 3,7 bilhões de libras esterlinas (US$ 5,4 bilhões) em março, acima do excedente negativo de 2,2 bilhões de libras esterlinas registrado em fevereiro.

As exportações totais cresceram de 1% para 21,4 bilhões de libras esterlinas (US$ 31,5 bilhões), e as importações totais aumentaram 5,2% para 29 bilhões de libras esterlinas (US$ 42,7 bilhões).

Nos Estados Unidos, contudo, os investidores digeriram o resultado do índice de preços de importação aumentou 0,9% em abril, superando a alta de 0,5% reportada no mês anterior e as expectativas de 0,8%. Em relação a abril de 2009, os preços de importados subiram 11,1%.

Já os pedidos de auxílio-desemprego (initial claims) caíram em 4 mil para 444 mil na semana encerrada no dia 8 de maio. Os números da última medição foram revisados para 448 mil novos pedidos. O dado supreendeu negativamento os analistas que projetavam recuo para 440 mil novas solicitações.

O resultado disso foi que ao final da sessão o índice industrial Dow Jones fechou em queda de 1,05% aos 10.782 pontos e o S&P 500 cedeu 1,22% aos 1.157 pontos. A bolsa eletrônica Nasdaq caiu 1,26% aos 2.329 pontos.

Ainda por lá pesam o fato de o procurador-geral de Nova York investigar os oito dos maiores bancos do mundo para determinar se estes passaram informações falsas às agências de classificação de risco para afetar algumas operações apoiadas por hipotecas, segundo informa hoje "The New York Times". Em sua versão digital, a publicação nova-iorquina assinala que a investigação sugere que um promotor de Nova York, Andrew Cuomo, acredita que as agências de classificação podem ter sido enganadas por um ou mais dos bancos investigados.

No cenário doméstico não foi diferente diante da ausência de indicadores de peso e o alerta permanente em relação a situação econômica na Europa, o que provocou um pregão volátil e "morno" na Bolsa de Valores de São Paulo. Na falta de boas notícias, o investidor adotou uma posição de observador, levando o Ibovespa a ter queda de 0,67% aos 64.788 pontos. Prova do marasmo do mercado foi o fraco volume financeiro que somou R$ 5,21 bilhões.

Já o dólar encerrou em alta de 0,22% a R$ 1,775 na compra e R$ 1,777 na venda. Na renda fixa, contudo, os Contratos de Depósitos Interfinanceiros (DI) negociados na BM&FBovespa fecharam próximos da estabilidade, com leve viés de baixa, movimento visto durante toda a sessão de hoje.

O contrato para junho deste ano subiu 0,01 p.p, a 9,39%, enquanto julho deste ano também apresentou elevação de 0,01 p.p, a 9,74%. Ja janeiro de 2011 marcou recuo de 0,01 p.p, a 11,11%. Janeiro de 2012, o mais negociado, com 272,6 mil contratos e giro de R$ 22,5 bilhões, caiu ao passar de 12,29% para 12,28%. Já janeiro de 2013 apresentou desvalorização de 0,01 p.p, a 12,57%. Por sua vez, janeiro de 2017, passou de 12,48% para 12,46%.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que os cortes no orçamento anunciados hoje, que devem chegar a R$ 10 bilhões, vão elevar para R$ 31,8 bilhões os valores contingenciados este ano pelo governo, já que em março foram bloqueados R$ 21,8 bilhões. O corte representa 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Já fizemos um contingenciamento em março, foram mais de R$ 20 bilhões e serão mais R$ 10 bilhões, que serão um complemento àquele contingenciamento. A vantagem em relação a outros instrumentos para combater a inflação é que você faz na veia, porque você tira a possibilidade de o ministério fazer aquele gasto”, explicou o ministro.

Por sua vez, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que é a primeira vez que o atual governo faz um novo contingenciamento. Segundo ele, o corte promovido é grande e suficiente para dar a segurança necessária na administração dos gastos públicos federais até que sejam realizadas liberações à medida do possível e conforme a evolução da arrecadação.

(Fechamento do dia 13 de Maio de 2010 por Último Instante)

Gráficos

Hoje recebi uma chuva de emails falando sobre a HYPE3, muitos leitores ficaram impressionados com nossa análise, também tivemos muitos pedidos de sugestão de operação na ponta vendida, nosso estudo de hoje é sobre CIELO. Mais uma vez lembramos que sempre postamos estudos e não sugestões de compra ou venda de ativos, lembramos que para operar vendido e manter posição aberta fora do intraday é necessário fazer aluguel do ativo junto ao BTC, por isso sempre é bom ter um gerente de conta !!!!





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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Estudo para 13 de Maio de 2010

Os mercados tiveram uma sessão de ganhos nessa quarta-feira (12), com bons indicadores divulgados na Europa acalmando parte dos investidores frente aos temores com relação à região. Por aqui, em sessão repleta de resultados corporativos, o Ibovespa seguiu o bom humor externo e subiu 1,24%, a 65.223 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 5,44 bilhões.

O saldo do investidor estrangeiro na BM&F Bovespa está negativo em R$ 1,224 bilhão entre 3 e 10 de maio, com compras em R$ 13,600 bilhões e vendas na casa de R$ 14,824 bilhões. Em abril, as vendas superaram as compras em R$ 1,078 bilhão.

Agenda
Segundo a agência Eurostat, o PIB (Produto Interno Bruto) da Zona do Euro no primeiro trimestre de 2010 cresceu 0,2% na passagem trimestral, superando as estimativas dos analistas. Outro destaque fica para a Espanha, que decidiu congelar salários do funcionalismo público e cortar postos em programas de assistência social, a fim de reduzir o déficit fiscal para cerca de 6% de seu PIB.

Nos EUA, o déficit da balança comercial aumentou em março em relação a fevereiro, atingindo US$ 40,4 bilhões, mas veio menor do que o esperado. Já o orçamento do Tesouro veio pior que o esperado, com déficit de US$ 82,689 bilhões em abril.

Bolsa
A BM&F Bovespa se destacou na ponta compradora, com as ações avançando mais de 7% apósa divulgação de resultados. A companhia somou um lucro líquido de R$ 282,6 milhões de janeiro a março desse ano, 24,5% maior que o contabilizado no mesmo período do ano passado.

Segundo reportado na mídia, o Grupo Pão de Açúcar teria concordado em injetar cerca de R$ 1 bilhão na nova Casas Bahia quando a fusão entre as empresas acontecer. De acordo com as matérias publicadas na imprensa doméstica ao longo da sessão, o acordo teria como objetivo ajustar a equivalência patrimonial das duas empresas e amenizar as fortes discussões sobre a fusão que, segundo Michael Klein, presidente da Casas Bahia, seria desfavorável à sua companhia. Klein havia criticado há mais de um mês a forma como o Grupo Pão de Açúcar vinha tocando a fusão, principalmente no ponto em que estimava o valor da Casa Bahia em aproximadamente R$ 2 bilhões a menos do que a companhia realmente vale. Os papéis da maior varejista do País recuaram 0,05%.
Entre as blue chips, a Petrobras confirmou que está avaliando a possibilidade de arrendamento do estaleiro Ishibrás, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, tendo até iniciado negociações com o governo e a prefeitura fluminense para minimizar a carga tributária. No entanto, a companhia deixa claro que esse processo ainda está em desenvolvimento.

Além disso, a estatal prestou esclarecimentos sobre o pagamento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ao estado do Rio de Janeiro, referente à Plataforma P-36. De acordo com o comunicado, a plataforma foi importada pela estatal na modalidade de admissão temporária, sob o amparo de regime aduaneiro suspensivo da tributação "e portanto nesta ocasião não era devido os impostos estaduais". As ações da petrolífera fecharam em alta.

Fora do índice, a Telebrás viu seus papéis subirem no pregão. Na cerimônia oficial da posse de Rogério Santanna dos Santos, o presidente da empresa enfatizou que o governo poderá contratar os serviços de estatal sem licitação, tudo amparado por lei. Segundo Santanna, e lei explicita que empresas estatais criadas antes de 1993 poderão ser contratadas sem licitação pelo governo. Com relação aos fornecedores de infraestrutura para o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), o novo presidente acenou que haverá licitação normal.

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto), Petrobras PN (PETR4) subiu 0,84% a R$ 29,87, Vale PNA (VALE5) ficou estável a R$ 44,40; Itaú Unibanco PN (ITUB4) desvalorizou 0,19% a R$ 37,10; e Gerdau PN (GGBR4) apresentou elevação de 1,79% a R$ 26,80.

Liderando as maiores altas do dia, BM&FBovespa ON (BVMF3) disparou 7,48% a R$ 11,50. Segundo analistas, os números divulgados na noite de ontem no balanço da companhia foram considerados "fortes" e deveriam "refletir no desempenho das ações no curto prazo". Os papéis chegaram a subir mais de 8%.

O lucro líquido da companhia ficou em R$ 282,6 milhões no primeiro trimestre de 2010, um aumento de 24,5% em relação aos R$ 226 anunciados no mesmo período de 2009. A receita líquida também apresentou aumento, passando de R$ 316,5 milhões para R$ 459,1 milhões na mesma base de comparação.

Ocupando o segundo lugar, Klabin PN disparou 5,76% a R$ 5,32; seguida por Fibria ON que registrou ganhos de 5,61% a R$ 32,74; Rossi ON que avançou 4,92% a R$ 13,85; e MMX Mineração que teve alta de 4,20% a R$ 11,41.

No sentido oposto, ALL unit caiu 2,58% a R$ 14,70; Telemar Norte Leste PNA recuou 0,96% a R$ 43,55; Braskem cedeu 0,91% a R$ 12,01; Telemar PN perdeu 0,78% a R$ 25,50; e Usiminas teve baixa de 0,57% a R$ 51,80.

Noticiário
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) estima que o poço 2-ANP-1-RJS, que está sendo perfurado para ampliar o conhecimento sobre o pré-sal, aponta para volumes recuperáveis que podem chegar a 4,5 bilhões de barris de petróleo no prospecto denominado Franco. A avaliação contou com os mesmos padrões que os cálculos adotados para a acumulação de Tupi, da Petrobras.

Petróleo
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda na bolsa de Nova York nesta quarta-feira (12), refletindo os indicadores norte-americanos divulgados durante o dia. Contudo, notícias positivas vindas da Europa garantiram um avanço nos preços negociados na bolsa de Londres.

O contrato de petróleo mais líquido em Nova York, com vencimento em junho, registrou queda de 0,94%, encerrando a sessão a US$ 75,65. Já em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou o dia a US$ 81,20, avançando 0,88%. Com esta variação, o prêmio do Brent sobre o óleo bruto negociado na bolsa dos EUA atingiu o mais alta patamar desde fevereiro de 2009.

Dólar
O dólar comercial fechou com queda de 0,56%, sendo cotado na venda a R$ 1,773. Referências favoráveis colaboraram para o dia positivo nos mercados, ajudando a ofuscar as preocupações sobre o futuro da crise fiscal europeia.

Como de costume, o Banco Central do Brasil realizou um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista. A operação ocorreu entre as 12h05 e as 12h15 (horário de Brasília), com uma taxa de corte aceita em R$ 1,7718. Ainda sobre essas compras de dólares, a autoridade monetária informou que até o último dia 7 de maio foram adquiridos US$ 3,383 bilhões no mercado cambial em 2010, totalizando desde o início desse ciclo de intervenções, em maio de 2009, o montante de US$ 38,836 bilhões.

Por fim, o BaCen mostrou que, nos primeiros cinco dias úteis deste mês, a entrada de dólares no País superou a saída em US$ 3,711 bilhões. Dessa forma, o fluxo cambial acumulado em 2010 – até 7 de maio – mantém-se positivo em US$ 8,748 bilhões.

Bolsas Internacionais
O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas, fechou em alta de 2,09% e atingiu 2.425 pontos. Seguindo esta tendência, o índice Dow Jones valorizou-se 1,38% a 10.897 pontos, da mesma forma, o índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas norte-americanas, subiu 1,37% a 1.172 pontos.

Na Europa, o índice DAX 30 da bolsa de Frankfurt registrou alta de 2,41% e atingiu 6.183 pontos; no mesmo sentido, o índice CAC 40 da bolsa de Paris valorizou-se 1,10% chegando a 3.734 pontos e o FTSE 100, da bolsa de Londres, subiu 0,92% a 5.383 pontos.

Renda Fixa
As taxas de juros futuros encerraram mais uma vez sem tendência, em repetição do movimento ocorrido na véspera: enquanto os contratos de curto prazo avançaram, a oscilação das taxas de prazos mais estendidos foi negativa. O contrato de juros de maior liquidez nesta quarta-feira, com vencimento em janeiro de 2011, registrou uma taxa de 11,13%, 0,01 ponto percentual acima da véspera.

O mercado de títulos da dívida externa, por sua vez, fechou em alta. O título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou com valorização de 0,14%, cotado a 133,55% do valor de face. Com isso, o indicador de risco Brasil, calculado pelo conglomerado financeiro JP Morgan, registrou alta de 15 pontos base em relação ao fechamento anterior, atingindo 194 pontos base.

Confira os eventos previstos para quinta-feira
No Brasil, não serão publicados indicadores relevantes.

Nos EUA, confira o número de pedidos de auxílio-desemprego (Initial Claims), em base semanal.

Serão apresentados ainda o Export Prices e o Import Prices, ambos do mês de abril. Os índices excluem de suas bases a produção agrícola e as cotações do petróleo, respectivamente.

(Com dados do Infomoney e Último Instante)

Gráficos

Hoje iremos postar apenas o gráfico do IBOV.

Pena que ontém não consegui postar nada no blog, estava com as análises de PMAM3 (que é habitué de nossas análises) e também de BBRK3. Obrigado ao Tiago da Um Investimentos de Campinas pelo suporte hoje !!!!



Para quem gosta de candles OGXP3 formou um Harami de alta (mãezona e filhinha !!!), para quem gosta de estudos com médias móveis recomendo dar uma olhadinha em HYPE3; MM3 cruzou MM8 e MM21; o interessante foi que a MM21 ficou embaixo de tudo....fica como lição de casa !!!! rsrsrsrs

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Estudo para 12 de Maio de 2010

A euforia que dominou o mercado no último pregão deu passagem para a realização de lucros nesta terça-feira. A volatilidade marcou este pregão, após a notícia de um pacote de resgate de € 750 bilhões para evitar uma crise sistêmica na zona do euro levar o Ibovespa a registrar na véspera, a maior alta desde outubro do ano passado - valorização de 4,11%.

Se as medidas anticrise europeia trouxeram entusiasmo aos agentes, também abriu espaço para novas preocupações, principalmente, sobre o ritmo de crescimento da economia do continente, que deve ser fraco devido ao comprometimento com aperto e rigor fiscal base do novo pacote.

No caso da Europa o temor era com a fragilidade econômica, mas com a China ocorreu justamente o contrário. Os fortes números sobre a economia do gigante asiático trouxeram à cena mais uma vez os temores em relação as possíveis medidas de aperto monetário pelo governo do país.

No acumulado de janeiro a abril, a nação asiática teve expansão de 17,8% da produção industrial e de 18,1% das vendas no varejo. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) - principal indicador da inflação - por sua vez, avançou 2,8% no mês passado ante abril de 2009.

De volta ao Ibovespa, dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto), Petrobras PN (PETR4) caiu 1,53% a R$ 29,69, Vale PNA (VALE5) cedeu 1,75% a R$ 44,36; Itaú Unibanco PN (ITUB4) teve desvalorização de 1,38% a R$ 37,17; BM&FBovespa ON (BVMF3) perdeu 5,29% a R$ 10,75 e Gerdau PN (GGBR4) apresentou baixa de 2,19% a R$ 26,35.

Entre as maiores altas do dia, Tim ON disparou 8,06% a R$ 6,57; Tim PN registrou ganhos de 5,26% a R$ 4,80; Vivo PN conquistou 5,05% a R$ 47,80; Telemar ON teve aumento de 3,03% a R$ 30,29; Telemar ON avançou 2,8% a R$ 25,70.

Na contramão, OGX Petróleo despencou 7,97% a R$ 15,83; LLX Logística ON recuou 6,63% a R$ 7,61; Fibria cedeu 4,82% a R$ 10,70; e Brasil Ecodiesel perdeu 3,81% a R$ 1,01.

Bolsas de NY

O temor de que o pacote de € 750 bilhões anunciado ontem pela União Europeia não seja suficiente para resolver os problemas da região levou as Bolsas de Valores dos Estados Unidos fecharam em direções opostas nesta terça-feira.

Ao final da sessão, o índice industrial Dow Jones caiu 0,34% aos 10.748 pontos. O S&P 500 perdeu 0,34% aos 1.155 pontos. E a bolsa eletrônica Nasdaq teve leve alta de 0,03% para 2.375 pontos.

Na agenda econômica, os estoques no atacado nos Estados Unidos (Wholesale Inventories) subiram 0,4% em março ao atingir US$ 394,7 bilhões, na comparação com o mês anterior. O resultado ficou um pouco abaixo da estimativa do mercado que aguardava alta de 0,5%. Segundo o Departamento do Comércio norte-americano, em relação a março de 2009, no entanto, os estoques caíram 5,3%.

Já o Índice de Confiança nos pequenos negócios nos Estados Unidos (Small Business Optimism) caiu 1,2 ponto de março para abril, atingindo 86,8 pontos. Este é o 18º mês consecutivo que o índice fica abaixo de 90 pontos. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional de Negócios Independentes (NFIB, na sigla em inglês).

Por fim, o gigante hipotecário Fannie Mae anunciou hoje uma perda de US$ 11,5 bilhões no primeiro trimestre do ano e anunciou que solicitará ao governo norte-americano US$ 8,4 bilhões para não entrar em quebra.

Junto com a Freddie Mac, ambas controladas pelo governo, a empresa constitui o eixo central do mercado hipotecário dos Estados Unidos e o governo do presidente Barack Obama prometeu ajudar as duas empresas. A Fannie Mae registrou uma perda de US$ 15,2 bilhões no primeiro trimestre de 2009.

Bolsas da Europa

A maioria dos mercados acionários da Europa encerrou esta terça-feira com desvalorização, com os investidores analisando as medidas de auxílio da União Europeia (UE) aos países em dificuldade da zona do euro. As ações dos bancos, que dispararam na sessão anterior, devolveram parte dos ganhos e se destacaram entre as principais perdas.

Em Londres, o índice FTSE-100 recuou 1,76% aos 5.292 pontos. Os papéis do Royal Bank of Scotland (RBS) caíram 5,33%, enquanto os do Lloyds e do Barclays cederam 4,64% e 3,79 respectivamente.

As mineradoras também enfrentaram desvalorização no índice londrino, na esteira da queda dos metais. Xstrata perdeu 6,36% e Rio Tinto recuou 3,56%.

Ainda no Reino Unido, a produção industrial registrou alta de 2% em março na comparação com mesmo mês de 2009. Entre fevereiro e março, a indústria britânica cresceu a uma taxa idêntica de 2%.

Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,73% aos 3.693 pontos. Os bancos BNP Paribas, Credit Agricole e Societe Generale recuaram entre 1,98% e 2,32%.

Em Madri, após subir 14% na sessão de ontem, o indicador Ibex 35 perdeu 3,32% aos 10.008 pontos e em Milão, o índice FTSE MIB desvalorizou 0,46% para 20.874 pontos.

Na contramão dos demais mercados, o índice DAX 30, de Frankfurt, avançou 0,33% para 6.037 pontos. As ações da Adidas lideraram os ganhos, com 2,92% de valorização.

Hoje foi anunciado que o Índice de Preços ao Consumidor alemão (CPI, na sigla em inglês) subiu 1% em abril ante mesmo mês de 2009. Em março, a inflação havia ficado praticamente igual (1,1%). Segundo o Escritório Federal de Estatística (Destatis), a taxa de inflação permanece claramente abaixo de 2%, o que é importante para a política monetária do país.

Bolsas da Ásia
As principais bolsas de valores da Ásia enfrentaram um dia de desvalorização, após apresentarem altas expressivas na véspera. Os mercados recuaram depois que dados da economia da China vieram acima do esperado pelos analistas e podem sinalizar um aperto da política monetária.

Na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, apresentou 1,90% de desvalorização aos 2.647 pontos, menor nível em um ano, depois que a inflação no país ficou acima do esperado.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 1,37% aos 20.146 pontos, influenciado pelos números da economia chinesa e pela queda das ações do setor financeiro.

No Japão, o índice Nikkei 225 registrou 1,14% de baixa aos 10.411 pontos, com destaque para os papéis do Misuho Financial Group, que recuaram 4,7% e puxaram a queda do indicador de Tóquio.

Em Taiwan, o referencial TSEC weighted index perdeu 0,73% aos 7.608 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, registrou baixa de 0,44% aos 1.670 pontos e na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, desvalorizou 1,09% aos 17.141 pontos.

Petróleo
Em dia de indicações mistas, as cotações do contrato futuro de petróleo fecharam a sessão de terça-feira (12) com queda em Nova York e alta em Londres, após operarem em baixa durante o dia por conta da valorização do dólar frente ao euro. Além de preocupações recorrentes com a Europa, a China também ficou no foco dos investidores, assim como o relatório da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

O contrato de petróleo mais líquido em Nova York, com vencimento em junho, registrou queda de 0,55%, encerrando a sessão a US$ 76,37. Já em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou o dia a US$ 80,49, avançando 0,46%.

Dólar

SÃO PAULO – Após recuar 4% na véspera, por conta do clima de otimismo nos mercados, a terça-feira (11) foi de instabilidade nos negócios. Desta forma, após alternar entre perdas e ganhos no intraday, o dólar comercial terminou esta sessão com alta de 0,34%, sendo cotado na venda a R$ 1,783.

A euforia dos investidores com o pacote de € 750 bilhões anunciado na última segunda-feira (10) deu lugar para incertezas sobre o que acontecerá a partir de agora, sentimento este que ganhou forças com a forte inflação registrada na China e com indicadores não muito favoráveis nos Estados Unidos.

Contribuindo ainda para que a divisa norte-americana consolidasse sua trajetória ascendente nesta sessão, o Banco Central do Brasil realizou mais um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista. A operação ocorreu entre as 15h46 e as 15h56 (horário de Brasília) e contou com uma taxa de corte aceita em R$ 1,7806.

(Com dados do Infomoney e Último Instante)

Gráficos

Depois de uma expressiva alta não é de se estranhar uma correção.

O fato é que IBOV, Petro e Vale continuam com sua tendência de baixa (corroborada pelas BBs e pela MM21).

As BBs apresentam-se muito abertas indicando muita volatilidade do mercado.





segunda-feira, 10 de maio de 2010

OFF SUBJECT: Entrevista com José Paulo de Andrade

Para os apreciadores das ondas de rádio e de uma boa entrevista seguem links para excelente entrevista com José Paulo de Andrade, o entrevistador é meu amigo e reporter Emilcio Rogério Zuliani, parabéns Emilcio !!!!

ENTREVISTA

ENTREVISTA2

Estudo para 11 de Maio de 2010

A confiança deu o tom ao primeiro pregão da semana nos mercados acionários mundo afora. Em um dia de agenda vazia, a euforia foi sustentada pelo plano de resgate europeu, no valor de € 750 bilhões (R$ 1,7 trilhão), anunciado na noite de domingo, pelos ministros das Finanças da zona do euro com o objetivo de proteger a moeda e as economias mais fracas do bloco.

Por aqui, o Ibovespa seguiu o mesmo caminho e terminou a segunda-feira com expressiva valorização. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 4,11% aos 65.452 pontos. Trata-se da maior alta desde 29 de outubro do ano passado (+5,91). O giro financeiro foi de R$ 6,57 bilhões.

A última semana foi pesada nas praças acionárias mundias. No mercado doméstico, o Ibovespa encerrou a semana com desvalorização de 6,9%. Só nos últimos dois pregões, o índice caiu 3,15%.

Os negócios dos últimos dias foram guiados pelas dúvidas dos investidores em relação a capacidade grega de cumprir a austeridade fiscal prometida e os temores de que outros países da zona do euro fossem contaminados pela crise.

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto), Petrobras PN (PETR4) subiu 1,04% a R$ 30,06, Vale PNA (VALE5) ganhou 4,61% a R$ 45,14; Itaú Unibanco PN (ITUB4) teve valorização de 4,59% a R$ 37,80; BM&FBovespa ON (BVMF3) avançou 9,39% a R$ 11,30 e Gerdau PN (GGBR4) apresentou elevação de 3,1% a R$ 26,91.

Entre os destaques positivos, OGX Petróleo ON disparou 12,05% a R$ 17,20; MRV ON registrou fortes ganhos de 11,10% a R$ 11,81; Rossi ON conquistou 9,93% a R$ 13,39; LLX LOgística teve aumento de 8,38% a R$ 11,35.

Na outra ponta, Telemar PN caiu 1,22% a R$ 25,00; Telemar ON recuou 0,68% a R$ 29,40; Souza Cruz cedeu 0,6% a R$ 66,00; Redecard perdeu 0,33% a R$ 29,90; B2W Varejo ON teve queda de 0,14% a R$ 36,45.

Fundo europeu
Os dirigentes dos países da Europa anunciaram a criação de fundo de estabilização que deverá atingir € 750 bilhões, considerando neste montante uma participação de € 250 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os países da zona do euro fornecerão € 440 bilhões para garantir bônus emitidos pelos governos do bloco. Cerca de € 60 bilhões em empréstimos concedidos pela Comissão Europeia servirão para um fundo emergencial que atenderá também outras economias da Europa que não fazem parte da zona do euro e que também estão em dificuldade e finalmente.

Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que comprará bônus no mercado secundário de títulos dos governos e também, com apoio dos Estados Unidos, irá injetar liquidez no interbancário, tanto em euro como em dólar.

O propósito deste pacote, sem precedentes na história da união monetária europeia, é dissuadir os especuladores que apostam há semanas na quebra de um membro da zona do euro.

“A ideia desse pacote é evitar que a Grécia não honre os seus compromissos com esses investidores, além disso, cria segurança para outros países como Portugal que, se precisar de dinheiro, pode recorrer a esse fundo”, afirma o professor de macroeconomia da FGV Management, Robson Gonçalves, em nota.

As medidas somam-se ao plano de € 110 bilhões direcionados apenas aos gregos, divulgado há uma semana, e que também conta com contribuição do FMI.

Bolsas de NY
O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em forte alta de 4,81% a 2.375 pontos, acumulando no ano forte alta de 4,65%. O índice teve seu maior ganho em pontos em um pregão desde 28 de outubro de 2008, enquanto a valorização percentual foi a maior desde março do ano passado.

O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em forte valorização de 4,40% atingindo 1.160 pontos e subindo 4,00% no ano. O índice teve sua melhor performance em fechamento desde 23 de março de 2009.

Por fim, o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, apresentou alta de 3,90% - também na maior alta diária desde 23 de março de 2009 -, chegando a 2.375 pontos e devolvendo ao índice variação anual positiva. Todas as ações que compõem o índice fecharam no azul.

Somente onze das ações que integram o S&P 500 fecharam o dia no vermelho, com destaque para a Dean Foods, cujos papéis despencaram 28,4% após a companhia divulgar resultado trimestral aquém das estimativas e suspender suas projeções para seu desempenho no acumulado de 2010, medida que desagradou o mercado. O lucro por ação no primeiro trimestre (excluindo itens não recorrentes) ficou em US$ 0,23, enquanto a média de 13 projeções compiladas pela Bloomberg apontava lucro de US$ 0,28.

Bolsas da Europa
O rali de alta impulsionado pelo pacote de ajuda foi impressionante:

O índice CAC 40, da bolsa de Paris, se destaca ao subir 9,66% e atingindo 3.720 pontos. Já o FTSE 100 da bolsa de Londres fechou com forte alta de 5,16% chegando a 5.387 pontos, enquanto o DAX 30 da bolsa de Frankfurt valorizou-se 5,30%, a 6.017 pontos. Na Itália, o FTSE MIB subiu 11,28%.

Entre os PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha), países que são o foco do temor de contágio da crise fiscal enfrentada pela Grécia, o Ibex 35, principal índice acionário da Bolsa de Madrid, subiu 14,44%, para 10.351 pontos após o anúncio do pacote. Em Portugal, os dois principais índices acionários do país ( PSI General Index e PSI 20) subiram 10,64% e 10,73%, respectivamente. Na Grécia, o ASE Index também avançou mais de 10%, para 881 pontos.

Petróleo
Os contratos futuros de petróleo quebraram a sequência de quatro quedas para encerrarem a sessão desta segunda-feira (10) em forte alta, seguindo o otimismo dos mercados após o anúncio do pacote de medidas para proteção do euro, cujo valor pode atingir € 750 bilhões.

O contrato de petróleo mais líquido em Nova York, com vencimento em junho, registrou alta de 2,25%, encerrando a sessão a US$ 76,80. Já em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou o dia a US$ 80,12, avançando 2,36%.


Dólar

Após fechar a semana anterior com sua maior valorização dos últimos 18 meses, o dólar comercial despencou nesta segunda-feira (10), embalado pelo anúncio do pacote de proteção ao euro no valor de € 750 bilhões. A cotação de fechamento da moeda norte-americana, de R$ 1,777, sinaliza uma desvalorização de 4% - a mais forte desde 24 de novembro de 2008, quando recuou 5,24%.

(com dados do Infomoney e Último Instante)

Gráficos:

Hoje tivemos um pregão histórico marcado pelo pacote de resgate europeu, quem imaginava ver o CAC 40 da França subir quase 10% !!!!

Estamos postando apenas os gráficos do IBOV e OGX (que foi o destaque de hoje !!!!)

Para quem quiser ver a análise das blue chips visitem o blog do Smart Traders no ADVFN, as análises são do Galvão (meu sócio).
http://smarttraders.blogs.advfn.com/